segunda-feira, 24 de agosto de 2015

UM PIO DE CORUJA - "O MUNDO COMO UMA ESCOLA"



UM PIO DE CORUJA – “O MUNDO COMO UMA ESCOLA”


Santos/SP, 24 de agosto de 2015.
Prof. Paulo Sergio Teixeira

Chegamos à luz deste mundo em diferentes condições existenciais.  Nascemos ricos ou pobres; no calor de uma família estável ou sob os duros dotes de uma mãe solitária; nascemos negros, brancos, vermelhos, amarelos ou mestiços; chegamos aqui como protestantes, católicos, judeus ortodoxos, budistas, taoístas, bruxos etc.; podemos passar a existir neste mundo num lugar frio e rico como os países nórdicos ou no verão escaldante de um país tropical abaixo da linha do Equador; podemos vir na calma de um meio rural ou na agitação cacofônica de uma grande cidade...  Enfim, são infinitas as possibilidades de existência neste mundo.  E a partir do momento em que passamos a existir, inicia-se um progressivo processo de individuação.  Somos daí por diante, uma persona em potencial.
O filhote humano vai assim absorvendo este mundo e passa a introjetá-lo a fim de formar sua identidade.  Quando atinge um determinado estágio de sua evolução, passa também a atuar de maneira mais ou menos significativa.
Porém, o que parece prudente se observar, é que o que determina o sucesso efetivo deste ser, independente de sua condição existencial, é a forma ambiente real de acolhimento: “Como este mundo acolhe o ser?”.  É este um mundo de fartura? É um mundo encantador, austero, rígido?  É um mundo justou ou desequilibrado?  É um mundo de carências ou de oportunidades?  É um mundo árido de espinhos, ou reconfortante, de flores perfumadas?  Enfim: “É um mundo acolhedor ou excludente?”.  E mais: “Qual é o grau de influência que cada um de nós possui na composição deste ambiente comum?”.
Podemos constatar que devido a sua multiplicidade ambiental e cultural, este mundo é formado por muitos mundos de realidades diferentes.  Mas passar a existir aqui ou ali, nos remete já à questão de um destino iminente.  E sobre isso, se quisermos ir mais longe, diria que meu destino é melhor num mundo em que se comemora os 63 anos da promulgação dos Direitos Humanos do que num mundo que nisso nem se cogita.
“Um mundo acolhedor, de ambiente propício à vida, de uma cultura humana acolhedora”.  Se há sub-mundos neste mundo que não oferecem nem uma coisa nem outra, então é preciso trabalhar para além do dado, porque a partir do momento em que passamos a existir neste lugar, desejamos e necessitamos que o melhor nos esteja disponível, mas por uma questão de equilíbrio, torna-se recíproca tanto a ação do dar-se quanto do usufruir.  Por isso que não podemos deixar de considerar o “outro” sob todos os aspectos de nossas vidas: “nossa condição não nos permite um isolamento radical e permanente”. 
Mas essa condição não se encerra aí.  Ela avança para além de tais circunstâncias também pelo fato de se estar chegando mais e mais gente no mundo e, concomitantemente a isso, em condições normais, nos encontrarmos sempre programados a persistir até o fim, até a morte.  Isso demonstra que há mais a se considerar sobre nossa natureza: por exemplo, o fator “tempo”, que à medida que evoluímos em espírito e técnica, vai ganhando contornos cada vez mais controláveis, alguns diriam “mais palpáveis”. 
É mais ou menos assim: “bebemos de uma cultura humana acumulada ao mesmo tempo que contribuímos para acrescentar parcelas de nós mesmos a esta cultura e que será o legado para as próximas gerações”, ou seja: tudo o que você fizer ou não fizer, inevitavelmente, terá um efeito a partir de agora que se desdobrará no futuro.  Trata-se de nossa parcela real de poder no todo.
Portanto, se o mundo é de todos, o trabalho e as responsabilidades não deveriam caber apenas a alguns.  É uma construção que se faz com todos, e é extremamente lenta, milenar mesmo, porque seu ideal se arvora num consenso democrático quase utópico.  E digo “quase” porque não se pretende aqui incitar um ideal de sociedade onde todos tenham que andar por caminhos milimetricamente programados, sem questionamentos, sem possibilidades de transformação.  Muito pelo contrário, pretendemos inspirar um mundo onde as pessoas sejam livres, dignas e atuantes, mas ao mesmo tempo, conscientes de nossa condição e responsáveis pelos seus atos.  Mas para que isso se efetive, é preciso preparo.  E sabemos que nos preparamos para esta auto-assunção há muito tempo, por meio de uma infinidade de processos históricos, de uma dura e lentíssima forja do espírito humano.

A questão do ambiente físico, por hora – e oxalá que continue sendo e se desenvolva –, oferece condições propícias à vida nos nichos humanos deste mundo.  Se hoje conseguimos reconhecer que deve haver preocupação neste sentido, isto se resume no ato de preservá-lo.  Não queremos viver num mundo em desequilíbrio de ecossistemas, mas diga-se de passagem que mesmo os valores que envolvem a questão ambiental, passam hoje, mais do que nunca, pelo crivo cultural.
A sociedade humana atinge hoje cerca de 7 bilhões de pessoas no planeta, e requer, ao contrário de outros momentos da história, um movimento planejado de atuação, tanto no ato de existir quanto num projeto de expansão sem prejuízos à humanidade ou ao meio.  Ou, pelo menos, um movimento mais consciente e responsável.
Para pensar a cultura global emergente, acreditamos ser necessário trabalhar uma boa noção de nossas particularidades sociais, porque se uma exigência fundamental à existência humana é um ambiente físico propício, também por outro lado, o é a saúde de sua condição sócio-cultural.  E nisso compreende-se grande peso, porque nossa natureza é primordialmente social em todas as fases da vida, e se assim não o fosse, reconhecemos que a tendência de um ser nessas condições de privação, é vir a perecer.
E por que isso?  Por que o ser humano é um ser social?  Vamos relembrar um dos clássicos casos das meninas lobo:




Há registros de 105 casos [de meninos(as)-lobo] encontrados em diferentes regiões do mundo, sendo a Índia o país onde se tem notícias do maior número deles. /.../
Aprofundaremos nossa discussão narrando a história de duas crianças hindus que foram “resgatadas” de uma família de lobos com a qual elas viviam no norte da Índia. Elas foram criadas isoladas de qualquer contato humano e “resgatadas” da família lobo pelo reverendo anglicano J. Singh, em 1920.  Quando elas foram resgatadas, uma das meninas tinha cerca de oito anos e a outra era muito mais jovem. Elas foram transferidas para o orfanato dirigido pela família do missionário e lá receberam o nome de Amala, a mais jovem, e, a outra, de Kamala. 
Quando foram transferidas para o orfanato, as meninas não sabiam andar em dois pés, mas se moviam com desembaraço andando de quatro. Elas não sabiam falar, comiam carne crua, lambiam os líquidos e se aninhavam, de quando em vez, nos cantos do quarto.  À noite, quando ficavam mais ativas, uivavam e gemiam com o desejo de fugirem.  Elas rejeitavam o contato humano, preferindo a companhia uma da outra ou de cães.  O gosto quase exclusivo por carne levava Kamala a caçar frangos para comê-los e, de quando em vez, enterrava as carcaças ou entranhas no chão.  Com o passar do tempo, Kamala mudou seus hábitos alimentares e seus ciclos de atividade (Malson, 1967; Newton, 2002).
Amala morreu em setembro de 1921, um ano após a sua transferência para o orfanato, enquanto Kamala sobreviveu por mais oito anos, vindo a morrer em 1929.
Depois da morte das duas crianças, o reverendo Singh descreveu a evolução psicológica de Amala e Kamala.  Considerando que tanto o bipedismo quanto a linguagem são pontos importantes para a nossa discussão, nos limitaremos a transcrever, a partir das observações do reverendo Singh, algumas poucas passagens que consideramos ilustrativas e marcantes.
Com relação ao refinamento da motricidade e do andar, o reverendo disse: “progressiva e muito lentamente a motricidade da criança humanizou-se”.  Ao fim de dez meses no orfanato, Kamala estendia a mão para solicitar alimentos. Depois de um ano e quatro meses (fevereiro de 1922), ela conseguiu se erguer com o auxílio de um apoio.  Um ano mais tarde conseguiu ficar de pé, sem o auxílio de apoio.  Em dezembro de 1926 conseguiu andar com os dois pés, com certa desenvoltura. Entretanto, voltava a assumir a marcha lupina e a correr de quatro toda vez que ela se sentia em apuros (Malson, 1967; Newton, 2002).
Com relação à linguagem, Kamala aprendeu a pronunciar duas palavras: “ma” que significava mãe, ao referir-se à esposa do missionário, e “bhoo” para exprimir fome ou sede. Em 1923, dizia sim ou não com a cabeça e já pronunciava oralmente o sim - “hoo”.  Em 1924, conseguiu expressar “eu quero arroz” (“am jab bha”). Em 1926, já dominava três dezenas de palavras e quando estas lhe faltavam, recorria aos gestos.  Já no final de sua vida, em 1929, dominava cinqüenta palavras, reconhecendo o nome das pessoas (Malson, 1967; Newton, 2002).
Embora Kamala tenha aprendido a falar algumas dezenas de palavras e a andar com os dois pés, a família do reverendo teria dito que eles nunca a sentiram, verdadeiramente, humana.
Este relato demonstrou que a triste condição de Amala e Kamala não era devida a uma incapacidade física ou mental inata, mas, principalmente, à ausência do contato humano e/ou do modo de viver humano, numa fase precoce da ontogenia. Ou seja, embora as meninas-lobo possuíssem a anatomia e a fisiologia do Homo sapiens, elas não puderam compartilhar a dinâmica relacional humana em uma janela importante do desenvolvimento – a primeira infância.  (ANDRADE, 2007, pp. 8-9).


Como vimos, outros casos como este foram observados em diferentes regiões do globo.  O fim é sempre muito claro: “As crianças isentadas do convívio social humano são fadadas a assumir as peculiaridades da sociedade dos lobos”.
Por estes lamentáveis exemplos, podemos concluir, entre outras questões, duas coisas importantes:

1.   Que os seres humanos necessitam da convivência em grupo para formar sua identidade própria adaptada ao meio coletivo;

2.   Que o convívio com outros seres humanos é essencial na construção e na manutenção da sociedade, ou em outras palavras, no desenvolvimento e no aperfeiçoamento de nossa cultura.

Isso nos permite deduzir também que o convívio junto a uma sociedade rica em valores elevados – que pode ser traduzido em valores de desenvolvimento humano em seu meio –, pode aprimorar ainda mais essa sociedade com uma cultura melhor, mais ética, mais justa e acolhedora.  E o sentido é, apesar de tanta tecnologia... “o aperfeiçoamento do espírito humano”.
A questão cultural, que é ao mesmo tempo absorvida e acionada pelo indivíduo, forma a totalidade de uma verdadeira consciência coletiva.
Essa consciência está viva em muitas dimensões: dentre os filiados de um partido político; entre os torcedores de um time; em meio aos fiéis de uma doutrina religiosa; entre grupos ativistas; numa classe escolar; em uma cidade, região, federação, nação; e agora, mais recentemente, numa só consciência coletiva que já vai se delineando e que, por uma questão de graduação, nossos valores, que vão avançando cada vez mais para um juízo de interesses conjuntos, chega em uma grande síntese, a maior de todas, fundamentada por agora na efetivação da era global. 
Mas hoje podemos considerar, mais do que nunca, que tal consciência está compondo a sociedade pela ação quase total dela mesma.  Dentro disso, a sociedade humana está se tornando um campo de interação de ideias, expressas por infinitas linguagens e que, ao interagirem em tempo real e ascendente, caminham para uma homogeneização consciente que, provavelmente, se cristalizará numa novíssima moral total ou globalizada.
Não é para menos que julgo importante inaugurar uma “história da consciência humana”.  Vou explicar.
Para que pudéssemos ver o que de fato acontece e aconteceu com as consciências individuais e coletivas, teríamos que dispor de uma mensuração deste fator de consciência através de um tempo considerável, algo que suponho não dispormos.  Aí seria imprescindível o trabalho dos historiadores sociais, talvez com uma “história da consciência e da autonomia” ou uma “história evolutiva do espírito humano”  [VER os estudos de Foucault e de Deleuze sobre os intelectuais e o poder; VER Ortiz em ‘’dos intelectuais’’].
Confesso que há tempos penso essa questão quando parti pela primeira vez da dúvida... “existiu ou não progresso na história humana?”.  E então vinham meus orientadores apontar: “Primeiro, defina progresso”.
Definir progresso é aparentemente simples.  Se pensarmos nos avanços da ciência, da medicina, das tecnologias, nem precisamos nos dar ao trabalho de pensar.  Bastaria olhar a velha questão heliocêntrica, ou a Aula de Anatomia do Dr. Tulpi, de Rembrandt, ou uma coleção de líticos pré-históricos.
Nestes memoráveis marcos, podemos apreciar a evolução humana de alguns indivíduos que, tornando o conhecimento tal qual desbravadores dos fatos, mostraram a seus contemporâneos e pósteros que o mundo é mais do que se pensava até então.  Mas a dúvida que envolve essa questão tão aparentemente simples, é: “Até onde chegam tais inovações?  Quem delas tira proveito, real, consistente?”.
É possível que para algumas pessoas, ter ou não uma panela de alumínio para cozinhar, dependeria tão somente do fato de dispor dela, ou seja, não se trataria neste caso de uma questão de escolha inteiramente consciente e muito menos técnica.  Em muitos lugares, apesar dos avanços da medicina genômica, certamente ainda há pessoas sem remédio para doenças que simples cuidados de higiene poderia neutralizar.  E até que ponto podemos afirmar que toda a humanidade tem consciência de que o Sol não gira em torno do planeta quando cerca de 800 milhões de pessoas no mundo, segundo a UNESCO [2011], ainda são analfabetas?
Entendo por progresso quando o mundo, em seu conjunto, torna-se de fato menos hostil.  E parece que um dos fatores determinantes de um mundo dentro dessas perspectivas, só é possível quando o coletivo humano está mais desperto, mais consciente de si e do que o cerca.
Vale ressaltar que, se no passado, em meio ao berço das civilizações ocidentais, os antigos gregos – precisamente, os espartanos –  eliminavam crianças que a gerúsia julgava inapta ao exercício civil ou militar, hoje nos deparamos com uma série de melhorias na condição de vida dos membros da sociedade portadores de necessidades especiais, sejam elas quais forem.  Há assistência à saúde, educação especial, reserva de cotas especiais para o trabalho, pessoas que se dedicam a elas e muito mais, que há bem pouco tempo, nem sequer sonhavam dispor.  Isso é um dado necessário a se considerar, pois aponta para a direção humanizadora pela qual a sociedade vai se construindo.  Se temos em nossa sociedade membros que necessitam de auxílio, eles deixaram de ser vistos como um problema de fácil solução para uma questão a ser tratada com o devido respeito e humanidade.  E é neste caminho que certamente encontraremos as soluções e as curas.



 

Compondo este mundo, também estamos nós e se ele, por nós representados, oferece mais oportunidades, mais cuidados, em suma, se acolhe melhor quem nele chega, então isso me parece sinal de evolução positiva, ou de progresso real do espírito.  Por isso julgo fundamental investigar a evolução de nossa consciência através da história.
A questão é: “Como medir a evolução espiritual dos indivíduos em seu coletivo?”.  A atual transformação de consciência individual e coletiva pela qual passamos neste exato momento pode oferecer, por meio de um método comparativo, uma resposta a essa questão.
Se na antiga máxima de que o “homem é [ainda?] a medida de todas as coisas”, o novo padrão insurgente de sustentabilidade, para além da velha postura, levam os mais sensatos a despertarem para um sentimento vivo de integração entre homem e natureza.  Ironicamente, estamos começando a resgatar parte da essência humana de interação com o ambiente em suas formas mais primordiais, sendo que desta vez, está cada vez mais clara a noção de que “integração não é disputa”.
Para tanto, o desafio dos formadores da sociedade é grande.  Não convém compactuar com um utilitarismo puro e simples, mas com a sensibilidade que nasce na capacidade da contemplação.  Ser capaz de contemplar a exuberância da natureza, a mim parece ser a forma mais perfeita de integração com ela, e isso porque, simplesmente, a natureza tem a capacidade de sensibilizar a alma, além, é claro: “de possuir sua própria lógica” (e não convém perdermos isso de vista).

Na infância, a criança vai se situando no ambiente físico por suas próprias sensações e se adapta.  Mas vai também se situando no ambiente social e isso depende sobremaneira da ação de seus elementos cuidadores.  Eles é que darão ao ser as primeiras noções de quem se é e de como se situar e atuar neste mundo.
Noções morais estão ligadas ao poder ou não poder agir desta ou daquela maneira, meramente por uma questão de costume, que por sua vez, ganham grande peso na formação dos valores, e que são, na verdade, modos quase arquetípicos de preservação social.
Neste processo, a criança vai formando um código de valores compatíveis com as realidades do ambiente físico e do ambiente sócio-cultural em que se vê inserida.
Particularmente, acredito que o elemento essencial que essa criança carrega de modo inato, podendo-se traduzir em passividade ou ímpeto de enfrentamento, é um elemento despertado com grande potencialidade na adolescência.  É neste momento que se dão as primeiras respostas, também, segundo o código adquirido na infância.  Se o código for positivo, ela se acomodará aos valores que se lhe tornaram padrão.  Mas, por outro lado, se no conjunto do código houver elementos negativos, injustos ou muitas sensações desagradáveis, poderá aflorar na adolescência um quadro de revolta involuntária e que provavelmente persistirá na conduta do ser humano adulto.  Muitos professores da rede pública já devem ter constatado isso no caso dos inúmeros jovens revoltados com os quais nos deparamos.  Ora, se o mundo é mais ou menos acolhedor, por aí é fácil presumir o quanto se é possível avaliar os erros e acertos de uma geração inteira observando como resposta as atitudes de seus jovens, de nossos egressos.  Mas não percamos de vista o que já se é sabido: “é justamente a juventude que fomenta as permanências ou as transformações morais de uma sociedade”.  Eles representam o campo de transição entre passado e futuro, enquanto os mais idosos, como também reconhecemos, encarnam o peso dos valores tradicionais de um passado mais longínquo.
Sobre isso convém notar que nas sociedades complexas de nossa contemporaneidade, o período da adolescência coincide precisamente com a fase escolar.  E isso é só a ponta do ice-berg quanto à relevância do trabalho dos professores para o corpo social.  Compreender este jovem sempre atual em sua formação é importante condição ao educador comprometido, pois é ele que terá o papel de formar o cidadão para a sociedade, apontar-lhes os caminhos que existem e que podem ainda ser formados.  Não é para menos que tantos disputaram a inocência de nossas sementes.





Sobre isso é fundamental desenvolver uma consciência entre os profissionais da educação que não deva estar a serviço deste ou daquele grupo em especial, mas bem informado das coisas todas deste mundo e orientado para desempenhar um trabalho integrado em prol dos interesses do conjunto.  É uma responsabilidade tão grande, que não podemos nos dar ao luxo de servir a interesses egoístas e obtusos, nem de si mesmo, nem de um grupo em particular que não esteja em compasso com os interesses do corpo social.  Quem não possuir um perfil de entrega, de envolvimento sincero e esclarecido com um projeto elevado de humanidade, não poderia se dizer professor, arrisco dizer.

Dentro desta perspectiva toda, de educar com vistas a um mundo que acolhe, orienta e cura, é que vislumbro pessoalmente o que a vida neste mundo sempre foi e é: “uma escola fenomenal”.


Bibliografia:

ANDRADE, Luiz Antonio Botelho; SILVA, Edson Pereira da; PASSOS, Eduardo.  O que é ser humano? In: Ciências & Cognição, Ano 04, Vol 12.  Rio de Janeiro: NUDCEN, 2007. Disponível em: www.cienciasecognicao.org

ARTIGAS, Mariano.  Filosofia da natureza.  Trad. José Eduardo de Oliveira e Silva.  São Paulo: Instituto Brasileiro de Filosofia e Ciência “Raimundo Lúlio”, 2005.

CORTELLA, Mario Sergio.  Qual é a tua obra?  Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética.  3ed.  Petrópolis: Vozes, 2008.

FREIRE, Paulo.  Pedagogia do oprimido.  49ed.  São Paulo: Paz e Terra, 2010.

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LALLEMENT, Michel.  História das idéias sociológicas: das origens a Max Weber.  Petrópolis: Vozes, 2003.

MASI, Domenico De.  O ócio criativo.  Trad. Léa Manzi.  Rio de Janeiro: Sextante, 2000.

ORTIZ, Renato.  Cultura brasileira & identidade nacional.  5ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.

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VERÍSSIMO, Luís Fernando; BETTO. Frei; SOARES, Luiz Eduardo; FREIRE, Jurandir; BUARQUE, Cristovam.  O desafio ético.  3ed.  Rio de Janeiro: Garamond, 2001.



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